terça-feira, 17 de março de 2009

Parsifal

Parsifal

Sob uma maldição ela bem pode estar
De alguma vida passada que não vemos,
Procurando do pecado o grilhão soltar,
Por ações pelas quais melhor passemos.
Certamente este bem, assim ela o está seguindo,
Ajudando-se à si mesma, enquanto à nós servindo".



"Não podemos dizê-lo; mas se por Ele tu foste enviado.
De ti a verdade não ficará escondida.
Julgo que tua face me é conhecida.
Nenhum caminho conduz ao Seu Reino,
E a procura d'Ele mais distante te vai levar,
Se não for Ele próprio a te guiar".



Em seu lindo poema "The Chambered Nautilus", (O Náutilo Enclausurado), Oliver Wendell Holmes personificou esta idéia de progressão constante em veículos gradativamente melhorados, e a libertação final. O náutilo constrói sua concha espiralada dividida em compartimentos, deixando constantemente as menores - que tornaram-se pequenas pelo seu crescimento - pela última que construiu.

"Ano após ano, sempre no silêncio
prossegue na labuta de ampliar suas reluzentes espirais;
e, à medida que elas crescem mais,
deixa a morada do ano que passou e na nova vai habitar.
Com suaves passadas deslizando através dos umbrais construídos com vagar,
acomoda-se outra vez em novo lar
e não mais o anterior vai recordar.
Pela mensagem celeste que me trazes, graças te dou, filho do oceano,
lançado do teu meio desolado!
Dos teus lábios mortos nasce uma nota mais clara
que quaisquer das que Tritão já tirou do seu corno espiralado!
Enquanto em meus ouvidos ela soar,
através das cavernas profundas do pensamento
ouço uma voz, a cantar:
"Oh! Minh'alma, constrói Par ti mansões mais majestosas.
enquanto as estações passam ligeiramente!
Abandona o teu invólucro finalmente;
Deixa cada novo templo, mais nobre que o anterior,
com cúpula celeste com domo bem maior,
e que te libertes decidida,
largando tua concha superada nos agitados mares desta vida
".

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