terça-feira, 31 de março de 2009

Continuação

Mas existem certas questões que não foram esclarecidas nem pelos religiosos nem pelos cientistas. Uma delas é por que a cor e as feições das imagens não obedecem a padrões coerentes. Por exemplo: a estátua de La Dourade, em Toulouse (Franca), é negra e venerada pelos cristãos como sendo uma Virgem Negra. Contudo, segundo os pesquisadores, essa mesma estátua anteriormente representava Palas Atena, uma deusa pagã branca. Mas ela também teria representado Anat, a irmã do terrível deus Baal, e, portanto, possivelmente seria de cor escura.
Essas mudanças de cor, porém, não ocorrem de forma consistente. Outras estátuas, hoje reverenciadas pelos cristãos e que antes representavam deusas pagãs, continuam com a sua cor inalterada. Isso aconteceu com a mais antiga imagem que se conhece: a das catacumbas de Pricila, em Roma. A estátua, que é escura, representava a deusa egípcia ísis; hoje ela é uma Virgem Negra crista. Como esses casos não são incornuns, conclui se que a questão da cor ainda não está esclarecida.
Na parte central da Franca, constata se ainda outro particular: algumas imagens escuras encontradas em forquilhas de árvores são tipicarnente celtas ou teutónicas. A Nossa Senhora da Boa Esperança, de Dijon que tem grandes seios caídos e uma barriga avantajada, mais se parece com uma bondosa feiticeira do que com uma casta virgem cristã. Esta imagem é famosa porque salvou Dijon dos suíços, em 1513, e dos alemães durante a Segunda Guerra Mundial (1944). Infelizmente, o padre local não permite que a figura seja reproduzida em cartões postais. Que essas imagens também estiveram envolvidas em cultos desaprovados pela Igreja católica é algo evidente. A Virgem Negra de Onval (Luxemburgo) estava coroada com uma estrela de cinco pontas, e como uma destas pontas estava virada para baixo, dirigida para a cabeca da imagem, os iniciados sabiam que este sinal indicava que lá se praticava a magia negra e o ocultismo. A estrela foi agora desvirada.

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