segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Gato desaparecido é encontrado a 3,8 mil km de casa

O gato Clyde, que estava desaparecido havia três anos de sua casa, na ilha australiana da Tasmânia, finalmente reapareceu, a 3,8 mil quilômetros de distância, em Queensland.

A dona já havia perdido as esperanças de reencontrá-lo quando foi contactada por uma veterinária, que havia descoberto que o gato tinha um microchip com informações sobre ela.

Ainda não se sabe exatamente o que aconteceu com Clyde e como ele foi parar em Queensland. A única informação confirmada é que lá ele foi acolhido por uma enfermeira, que cuidou dele por um ano.

"Não sabemos como ele chegou lá, mas sabemos que ela é enfermeira e mora ao lado de um estacionamento de trailers, então pensamos se ele não foi levado por alguém que estava viajando e acabou entrando na casa da enfermeira, e seguindo ela para o hospital, até que ela decidiu dar comida para ele e levá-lo para casa. Ela cuidou dele muito bem", disse a dona do felino, Katrina Phillips.

Mas a enfermeira teve que se mudar e acabou levando Clyde para uma veterinária, que descobriu que ele tinha um microchip. Depois de checar a identidade do gato, ela localizou a dona na Tasmânia.

Katrina Phillips e a filha, Ashleigh Sullivan, não conseguiram conter a emoção quando se reencontraram com Clyde nesta quarta-feira. Elas dizem que ele foi muito bem tratado e está até um pouco acima do peso.

Dan Brown fala sobre 'O Símbolo Perdido'

O novo livro do escritor Dan Brown, autor do best-seller O Codigo da Vinci, começou a ser vendido na última terça-feira em diversas partes do mundo.

O Símbolo Perdido narra a procura por uma pirâmide que pode desvendar um mistério. No centro da trama está o pouco conhecido mundo da maçonaria.

Em entrevista à BBC, Dan Brown contou por que decidiu escrever sobre a maçonaria: "Sempre fui fascinado por poderes paralelos, sociedades secretas, esse tipo de coisa", disse o escritor.

"Eu cresci numa cidade, em New England, onde havia uma loja maçônica em cima do cinema, e não tenho nem ideia do que acontecia ali", acrescentou. "Então sempre fui interessado."

Quanto à possível polêmica que o livro pode causar, Brown diz que não sabe como o livro vai ser recebido.

"Não sou a pessoa certa para responder essa pergunta", afirma. "Não pensava que O Código Da Vinci causaria tanta polêmica."

"Não acho que a maçonaria seja retratada como sinistra", avalia o autor. "Se o leitor vê a maçonaria como sinistra no começo, espero que até o fim do livro já não ache o mesmo, e veja que os símbolos são esclarecidos para que as pessoas entendam melhor."

Para o maçom Joseph Criciata, a exposição que o livro trará não afetará a fraternidade. "A nossa era moderna começou em 1717, portanto, apesar de ser muito gentil, a maçonaria por si mesmo continua a crescer e existir como como sempre foi", afirmou.

Na primeira tiragem de O Símbolo Perdido, foram impressas 6,5 milhões de cópias na língua inglesa, um dos maiores números da história. Dan Brown já planeja o próximo livro.

Notícias relacionadas

Infecções podem acelerar perda de memória em pacientes de Alzheimer
8 setembro, 2009
Cientistas identificam genes ligados ao Alzheimer
6 setembro, 2009
Cafeína reverte perda de memória em ratos com Alzheimer, aponta estudo
6 julho, 2009
Viver sozinho na meia-idade agrava risco do Alzheimer, diz estudo
3 julho, 2009
Britânicos criam novo teste para ajudar a identificar demência
10 junho, 2009
Continuar trabalhando pode adiar demência em idosos, diz estudo
18 maio, 2009
Droga experimental 'reverte' mal de Alzheimer, dizem cientistas
7 maio, 2009
Alzheimer 'dá sinal' no cérebro décadas antes de se manifestar, diz estudo
7 abril, 2009
Música pode retardar Alzheimer, diz estudo
24 fevereiro, 2009
Insulina pode ajudar no tratamento de Alzheimer, diz estudo


Maiores informações click no link abaixo
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/09/090921_alzheimerestudo_ba.shtml

Casos de Alzheimer vão dobrar e chegar a 75 milhões em 20 anos, diz estudo


Mais de 35 milhões de pessoas sofrem do Mal de Alzheimer hoje em dia, e a previsão é de que o número de casos quase dobre a cada 20 anos, de acordo com um estudo do King’s College of London divulgado nesta segunda-feira, o Dia Mundial do Alzheimer.

O número é 10% maior do que as previsões de alguns anos atrás porque as estimativas não levaram em consideração o crescente impacto da doença sobre países em desenvolvimento.

A expectativa é de que se chegue a 115 milhões de pacientes em todo o mundo até 2050.

O estudo é parte do World Alzheimer Report, divulgado pela Alzheimer’s Disease International.

Mundo envelhecido

Segundo o relatório, o aumento da demência está sendo impulsionado pelo aumento da expectativa de vida em países mais pobres.

Apesar de a idade ser o principal determinante do Mal de Alzheimer, alguns outros fatores que causam doenças cardíacas – como obesidade, colesterol alto e diabetes – parecem aumentar também o risco de demência.

O custo de cuidar dos pacientes de demência não é só uma questão social, mas também econômica, aumentando a carga sobre a população economicamente ativa e os sistemas de saúde, afirma o relatório.

Os avanços nos tratamentos de saúde e nutrição vão ter maior impacto sobre países pobres e, como resultado, o número de idosos deve aumentar rapidamente nesses países.

Atualmente, calcula-se que apenas metade dos pacientes de demência vivam em países pobres ou de renda média, mas a expectativa é de que esta proporção suba para mais de 60% dos pacientes até 2050.

Além disso, o estudo sugere que a proporção de idosos que sofrem de demência é mais alta do que se imaginava em algumas partes do mundo, aumentando as estimativas.

Segundo o psiquiatra Martin Prince, um dos autores do estudo, os números são impressionantes.

“O atual investimento em pesquisa, tratamento e cuidados é, na verdade, bastante desproporcional ao impacto geral da doença sobre os pacientes, seus enfermeiros e terapeutas, nos sistemas de cuidados sociais e de saúde e sobre a sociedade”, diz ele.

Segundo a Alzheimer’s Disease International – uma organização que reúne grupos de vários países -, outros países deveriam seguir o exemplo de Austrália, França, Coréia do Sul e Grã-Bretanha e desenvolver planos de ação para combater o impacto da doença.

O relatório recomenda à Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar a demência como uma prioridade no campo da saúde e ainda um aumento no investimento em pesquisas para tentar encontrar a cura, ou novos tratamentos para a doença.

Até hoje não há cura para o Mal de Alzheimer e os remédios apenas aliviam os sintomas temporariamente. Os cientistas não têm, sequer, certeza do que causa o Mal de Alzheimer

Japonês de 74 anos vence competição de fisiculturismo

Foi realizada no último domingo, em Tóquio, a competição de fisiculturismo Japan Masters Bodybuilding.

As vésperas do dia do Respeito ao Idoso, celebrado no Japão, não faltaram competidores para as categorias sênior da competição.

O japonês Tsutomu Tosaka, de 74 anos, foi o vencedor da categoria de mais de 70 anos.

Neste ano uma nova categoria foi incluida na competição, a de idade superior a 75 anos.

O Japão tem uma grande população de idosos e a maior expectativa de vida do mundo.

Especialistas acreditam que isso se deve a uma dieta saudável, um sistema de saúde de qualidade e uma tradição de manter-se sempre ativo.

Clique Leia mais na BBC Brasil: Uma em cada quatro mulheres no Japão tem 65 anos ou mais

Sul-africana dividir casa com 14 felinos


Uma sul-africana deixou o emprego por que Manteve 22 anos e vendeu tudo o que tinha para conseguir realizar seu sonho de infância: viver cercada de felinos em sua própria casa.

Riana van Nieuwenhuizen, de 46 anos, mora com nove guepardos, leopardos três, um leão e uma onça-pintada, além de dois lobos e três cachorros, em um rancho em Bloemfontein, na África do Sul.

Todos Têm liberdade para andar por casa qualquer lugar, com ela Dividindo o sofá da sala, a cozinha da mesa e até uma cama.

"Todos diz ela Vivem juntos harmoniosamente".

ONG

Van Niuwenhuisen, trabalhava que no Departamento de Justiça sul-africano, conta que uma decisão se demitir e Criar animais não foi "impulsiva".

"Eu já estava ativamente Envolvida com uma ONG de proteção aos animais havia dez anos, como voluntária para Criar filhotes órfãos", lembra.

Seu primeiro animal foi uma fêmea de guepardo batizada de fiela. "Mas ser dona de um bicho não era para mim suficiente. Eu queria ter um projeto para Criar filhotes de guepardos, pois hoje existem mil deles só em toda a África", diz,.

Ela hoje dirige o Experience Cheetah, que promove uma preservação da espécie.

fONTEhttp://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/04/090406_guepardosml.shtml

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Calendário Maia e o ano de 2012


O calendário maia acaba em 2012 e uma estranha série de eventos terríveis (colisão de meteoros e planetas com a Terra, previsões de muitos ‘paranormais’ sobre o fim do mundo em 2012 e problemas de conservação do nosso planeta como o efeito estufa) parecem estar convergindo para nos falar sobre a destruição da humanidade naquele ano. Recentemente nós reportamos que um ciclo solar que terá seu pico em 2012 trará tempestades solares que podem deixar boa parte da humanidade na escuridão por meses antes que os reparos sejam efetuados. Durante este período o caos irá se instaurar em várias partes do mundo.

Nosso planeta também parece estar sofrendo alguns os sintomas da nossa ocupação. De acordo com alguns cientistas ‘malucos’ somos uma espécie de parasita para o planeta e ele inevitavelmente irá reagir contra a ‘infecção’.

Meteoros gigantescos já caíram na Terra causando muita destruição e isto pode ocorrer novamente.

Coincidentemente o calendário maia que era usado no topo daquela civilização também acaba em 2012. Seria esta uma profecia maia? Coincidência mesmo? A profecia maia já tomou uma grande proporção na internet pelo mundo todo com milhões de adeptos acreditando firmemente que o mundo vai acabar em 2012. A profecia maia está vendendo muitos livros e rendendo muitas palestras, documentários e DVDs pelo globo. Há uma infinidade de teorias diferentes.

O calendário de conta longa é apenas um entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos meses, anos e séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias formam um “mês”, ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns faziam um katun e assim sucessivamente. Enquanto o nosso sistema de contagem de séculos não leva a um fim, o calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que para muitos estudiosos (não há um consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012.

Isso não significa que eles esperassem pelo fim do mundo naquele dia. “Os povos ameríndios não tinham apenas uma concepção linear de tempo, que permitisse pensar num fim absoluto”, diz Eduardo Natalino dos Santos, professor de história da América Pré-hispânica da USP. “Em nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último.” A maioria dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário se reiniciaria. Assim como, para nós, o 31 de dezembro é sucedido pelo 1 de janeiro, para eles o dia 22/12/2012 corresponderia ao dia 0.0.0.0.1. [Galileu]

A realidade é que a profecia maia é, do ponto de vista científico, apenas um mito. E mesmo se existisse uma profecia, porque uma cultura que fazia sacrifícios rituais humanos deveria ter qualquer credibilidade em afirmar o que aconteceria séculos depois com o planeta?

E as previsões que o próprio HypeScience já publicou sobre futuras possíveis catástrofes globais? Essas previsões com base científica (das tempestades espaciais, do meteoro, etc.) usam observações, deduções e previsões sólidas e envolvem especialistas de diversas áreas do mundo todo. Mas tudo é apenas conjectura, uma possibilidade que varia de zero a 100%. Inclusive não se sabe se o ano 2012 será mesmo o ano das piores tempestades solares, já que ao final do ciclo solar os dois últimos anos de atividade costumam ser mais fortes.

Já houve centenas de profecias na história da humanidade que disseram que o mundo iria acabar e ninguém acertou até agora. Se eu fosse apostar sobre 2012 ser ou não o último ano da humanidade, eu certamente não apostaria nos profetas. E você?

UPDATE! Eu havia esquecido de mencionar que o Thiago foi um dos comentaristas que ajudou a inspirar este artigos nos comentários ‘altamente proféticos’ do artigo Tempestade espacial será catastrófica para a Terra até 2012.

fontehttp://hypescience.com/profecia-maia-calendario-2012/

Espiritismo e Misticismo: semelhanças e diferenças


Muito se tem estudado sobre as relações entre as diversas correntes espirituais e cada vez mais as pesquisas apontam para uma universalidade religiosa. Dizemos universalidade no sentido de encontrar uma base comum entre as religiões e os sistemas espirituais e não cair no erro de criar uma concha de retalhos.

No Brasil é muito comum vermos estudantes espíritas iniciando seus estudos de tradições esotéricas e místicas. Cada vez mais, os buscadores sinceros firmam seu interesse em práticas mais profundas, mais diretas, mais claras e mais objetivas, visando não apenas a teorização dos principios filosóficos, mas a experiencia destes como ferramenta de transformação interior.

Vamos refletir sobre algumas das diferenças e semelhanças entre o misticismo e o espiritismo em linhas gerais, para que os buscadores possam melhor entender essas questões.

Diferenças:

1) O Misticismo ensina que o ser humano é o Mestre de si mesmo, e nao há outro mestre senão o seu Mestre Interno. Nesse sentido, nao há necessidade de buscar mensagens de ensinamentos fora de nós, muito menos em outro plano. Os espíritos não são mais evoluídos só por que são espíritos. Não há diferença entre a sabedoria de um encarnado e a sabedoria de um desencarnado. Porém, quando alguns mestres espirituais encarnados libertam-se do jugo e dos limites impostos pela vestimenta física, eles passam a expressar mais completamente sem potencial, sendo mais eles mesmos.

2) Os ensinamentos tradicionais apontam para o crescimento e desenvolvimento do ser. O Espiritismo ensina que devemos evoluir pelas experiências da nossa vida. O misticismo fala de uma via muito mais rápida e direta: a via iniciática. Em vez de preocupar-se com a anulação do karma negativo em karma positivo, é muito mais importante a transmutação de todos os nossos atos. Quando existe essa alquimia interna, nossos atos não mais produzem efeitos no mundo objetivo, o que torna impossível a geração de resultados que venham a produzir causas e efeitos. Nosso ser estará elevado a ponto de não provocar modificações que possam alterar nossa roda de causas e efeitos.

3) O Espiritismo crê que fomos criados por Deus simples e ignorantes. Mas essa proposição encontra uma contradição fundamental: como é possível que Deus, sendo perfeito, possa ter criado seres imperfeitos? O misticismo não crê necessariamente num Deus único, no sentido de um regente universal, que atua no Universo. O Misticismo fala de uma essencial realidade, eterna e inefável, infinita e imanifesta. Segundo o Misticismo, os seres viventes é que criam a sua própria realidade, e fazem isso quando se “separam” do absoluto essencial. Mas essa separação é toda ilusória e o ser jamais deixa de possuir a mesma natureza da realidade essencial. Nesse sentido, o ser é a própria realidade divina inconsciente de si mesma. Em outros termos, o ser é o Todo em miniatura, sendo perfeito em suas potencialidades.

4) O Espiritismo sempre ensinou uma via baseada na fé. Ou seja, um caminho onde é necessário ter acreditar em algum médium ou em algum espírito puro que revelou uma mensagem. O Espiritismo é, assim, pautado na revelação. Não há qualquer técnica ou conhecimento dentro da Doutrina Espírita que permita o acesso direto ao cerne do conhecimento revelado pela espiritualidade. É preciso recorrer à fé ou a um exame lógico, que se é melhor do que a fé cega, mesmo assim ainda possui múltiplas limitações, pois limitado é a nossa capacidade mental. A análise meramente intelectual, fria e distante dos fenômenos jamais poderá trazer à tona uma consciência direta sobre os princípios envolvidos. O misticismo trata desse contato direto e ensina os meios que cada buscador tem de acessar os princípios do que é ensinado e, dessa forma, verificar por si mesmo a validade daquela sabedoria. Esse é um método que se assemelha a ciência moderna, mas que a transcende de várias formas.

5) O Espiritismo acredita numa individualidade eterna, que desde o momento de sua criação divina, nada mais fará a não ser ganhar e ganhar em evolução. Não importa o que se faça, em determinado momento essa individualidade chegará a perfeição, e mesmo chegando a perfeição, continuará a ser uma individualidade. A noção de perfeição em hipótese alguma pode aceitar uma preservação da individualidade, pelo simples motivo que a individualidade é limitada em si mesma, desde a sua formação. A individualidade é um limite, e nada do que é perfeito pode ser limitado. O perfeito deve ser ilimitado e infinito, deve incluir todas as coisas, não aceitando qualquer tipo de limite. Nesse sentido, não há qualquer possibilidade de haver uma perfeição como individualidade. E muito menos haver um espírito perfeito, separado de outro espírito perfeito, distinto de um terceiro espírito perfeito, e assim por diante. Tal separação sempre pressupõe um limite, e a concepção de perfeição jamais pode sugerir uma concepção, qualquer que seja, de algo restrito e incompleto.

6) O Espiritismo crê na supremacia da razão; acredita que apenas o instrumento da intelecção pode conduzir o homem a evolução. Essa concepção é herdada da época de arraigado materialismo que viveu Alan Kardec. O Misticismo fala da insuficiencia da razão em dar conta de todo o conhecimento absoluto e que o ser humano precisa elevar sua consciência além do intelecto para despertar uma sabedoria superior. O misticismo vira a razão de cabeça para baixo e procura mostrar a sua carência; o Espiritismo procura adaptar-se a razão e as pesquisas cientificas. Apesar do misticismo não negar estas pesquisas e valoriza-las, não subsiste a crença de que o conhecimento humano se esgota com a ciência.

7) O Espiritismo procura caracterizar a Deus, dar-lhe diversos adjetivos para melhor compreende-lo. O misticismo não usa o arfício da análise para produzir qualquer conhecimento relativo ao absoluto, mas enfatiza a necessidade de seguir a equação proposta por Jesus quando disse “Eu e o Pai somos um”. Ou seja, o misticismo ensina que o ser humano é um só com a divindade, que os limites que supomos existir que nos separam do absoluto são mera ilusão de nossa percepção, eles não existem de fato. Não existem os limites das coisas a não ser quando os consideramos, mas apenas o limite de nossa consciência. O Espiritismo vê uma separação entre o espírito e Deus; o misticismo nega essa separação e afirma uma correspondência e similaridade. Essa ideia está bem exposta na frase “O Homem foi criado a imagem e semelhança de Deus”. Ou seja, o ser humano, para o misticismo, é um universo em miniatura e possui todos os atributos da divindade em estado latente, tal como uma semente contém, em estado potencial, a arvore inteira.

Espiritismo e Misticismo: semelhanças e diferenças

Semelhanças:

1) Tanto o Espiritismo quanto o Misticismo acreditam na existência de um princípio espiritual divino e criador.

2 ) Ambos, Espiritismo e Misticismo, falam da existência de mestres espirituais. No Espiritismo eles são chamados de espíritos puros, no Misticismo eles não possuem um nome fixo, mas são comumente chamados de Mestres.

3 ) Espiritismo e Misticismo defendem a existência de um sentido da vida. O universo não é regido pelo mero acaso, há leis que regulam seu funcionamento. Tudo existe orientado por um propósito superior, que ainda nos escapa a compreensão.

4) Tanto o Espiritismo quanto o misticismo creem na sobrevivencia após a morte. Apesar do Espiritismo dar muito mais valor ao estado e as condições póstumas, ambos concordam que há no individuo um princípio que não se encerra na matéria.

5) O misticismo acredita na existência de vários planos ou níveis de consciência e realidade. O Espiritismo possui uma noção semelhante, quando aborda sobre a escala espírita, ou seja, o grau de adiantamento moral dos espíritos. Essa escala vai desde os espíritos inferiores até os espíritos puros.

6) O Misticismo e o Espiritismo concordam que tudo no universo tem uma composição fluidica, ou seja, todas as coisas são constituidas de uma energia. A energia é o veículo universal pelo qual o ser ou espírito se manifesta na cadeia universal de evolução. Desde a matéria bruta ao arcanjo, tudo é composto de vibrações, das mais densas as mais sutis.

7) O Espiritismo e o Misticismo ensinam que não há vazio no cosmos, tudo é preenchido por uma realidade que nossos sentidos não podem ainda captar; há um imenso manancial de energia potencial onde alguns supoe existir o vazio no espaço. Apesar de algumas correntes do misticismo oriental falarem sobre o vazio, ou vacuidade, há um consenso de que o vazio sempre contém algo que ainda não conhecemos e que reside em estado latente.

(HugoLapa)

Atendimento com Terapia de Vidas Passadas no RJ e em SP.

TEL RJ: 2268 1252 / 8551 0055

TEL SP: 9502 2176

MAIL: lapapsi@gmail.com

O que e Apometria


Apometria é um conjunto de princípios e técnicas que tem como objetivo o tratamento, a harmonização e a conscientização dos múltiplos aspectos que movem as energias humanas. Todos nós somos um agregado de vários níveis de consciência. Esses níveis são também energias. Essas energias podem entrar em conflito, desequilíbrio, desarmonia, etc com todas as outras. Nosso agregado não é íntegro e fluido. Ele apresenta inúmeras fragmentações, pois nós mesmos somos fragmentados de nós mesmos. Muitas vezes, existem partes de nosso ser que convivem em completa divergência e conflito com outras partes. A Apometria visa o tratamento dos níveis de consciência e das energias que se irradiam a partir dos níveis.



Apometria trabalha com o desdobramento dos corpos, níveis e subníveis. Nesse sentido, é possível que o apômetra desdobre esses níveis espirituais e os conduza a tratamento no plano astral. Existem espíritos de luz que realizam todo o tratamento dos níveis quando eles são desdobrados. Além disso, existem técnicas para tornar nosso corpo etérico mais maleável e flexível, diminuindo a sua coesão intermolecular. Assim, os doutrinadores podem emanar energias positivas, de purificação, às pessoas e realizar todo um tratamento com as diversas energias cósmicas que estão a nossa disposição.


Existem vários procedimentos que podem ser realizados em uma pessoa para tratamento. Para iniciar os trabalhos, abrimos a freqüência da pessoa. Isso significa que sua energia foi dissociada e ela pode ser visualizada ou percebida pelos médiuns, através da incorporação clássica, ou através apenas da percepção daquela energia no plano espiritual ou plano astral. Aberta a freqüência da pessoa, através de técnicas específicas, é possível realizar o tratamento dos corpos espirituais. Estes são corpo etérico, astral, mental inferior, mental superior, búdhico e átmico. O Átmico não é exatamente um corpo, como se diz por ai no meio apométrico. O Átmico é a centelha divina presente no âmago de cada um de nós, portanto, não podemos dizer que ele é um corpo, pois esta essência divina não está dissociada da própria essência do Todo, do absoluto, ou Deus.



Assim, as pessoas podem receber um tratamento em seus níveis e subníveis, através da irradiação de energias de diversos tipos. Uma prática muito comum na Apometria é a cromoterapia mental, que em minha visão é muito mais eficiente que a cromoterapia feita com luzes físicas. Isso por que a mente é o agente universal catalisador de energias cósmicas, ela pode sintonizar com os raios cósmicos que dão origem as diferentes gradações da energia universal. A mente está muito mais próxima da energia cósmica do que a matéria, nesse sentido, a energia luminosa mental é muito mais poderosa em seus efeitos do que a energia física da luz.



Nos trabalhos apométricos geralmente há médiuns e doutrinadores. Os médiuns são os sensitivos que procuram captar psiquicamente aquilo que ocorre no plano espiritual para que se torne possível o tratamento. E há os doutrinadores, que são aqueles que conduzem os trabalhos, orientam o que será feito, trabalham com as energias, encaminham os obsessores, estabelecem contato com personalidades passadas ou subpersonalidades para harmonização, etc.



O apômetra não precisa ser necessariamente um médium ou um sensitivo, ele também pode ser um doutrinador. Porém, de qualquer forma, deve deixar sua intuição fluir, pois mesmo aqueles que não são médiuns podem receber mensagens do plano espiritual sobre qual condução devem dar ao tratamento em questão.



Uma pessoa que se desdobra não é necessariamente médium. Tenho observado que muitas pessoas que acreditavam não possuir mediunidade chegaram a Apometria e lá descobrem o potencial que possuem. Isso por que a mediunidade na apometria é vista de uma forma diferente. O médium apômetra não deve incorporar uma entidade e permitir que esta tome “posse” de suas funções corporais. O sensitivo deve apenas procurar “visualizar” o que ocorre no plano espiritual e manter-se mentalmente afastado das entidades, embora esteja interagindo energeticamente com elas. Assim, a projeção na apometria não é apenas astral, mas mental, no sentido de que não necessitamos do deslocamento do corpo astral até o “espaço” no plano espiritual onde reside a desarmonia, em forma de nível, personalidade passada, subpersonalidade, trabalhos de magia negra, aparelhos parasitas, etc.



A Apometria possui um conjunto de técnicas de desobsessão que é muito abrangente e profundo. Eu diria que na Apometria as técnicas de desobsessão são muito mais diretas, elas vão logo ao ponto. O doutrinador não necessita permanecer apenas no discurso com o obsessor, ele pode fazer o espírito ver as conseqüências de seus atos e assim, é muito mais simples que ele deixe o caminho negativo que está percorrendo, pois sabe que a lei do karma irá pegá-lo de qualquer forma e que não há como escapar das conseqüências dos seus próprios atos, pensamentos e sentimentos.



A obsessão de espírito é esta que descrevemos acima. Além desta, na apometria, há mais duas formas de obsessão, que é a obsessão de personalidade de vida passada e a obsessão de subpersonalidades. A obsessão de Personalidades de vidas passadas ocorre quando a pessoa que fomos no passado não aceita o que somos hoje em dia, ou possui muitas desarmonias a ponto de estar influenciando negativamente a personalidade atual. É possível então invocar a personalidade passada e trata-la através de uma série de técnicas espirituais, que a literatura da Apometria descreve e ensina.



Além desta, há também o que chamamos de subpersonalidades. Estas são criadas na vida atual e apenas nesta, através de certas situações intensas e negativas que vivemos e que acionam certos mecanismos de defesa do nosso psiquismo, criando assim uma personalidade que esteja à parte do processo global do nosso psiquismo e dissociada da personalidade atual. As subpersonalidades podem tomar autonomia e se tornar independentes de todo o restante, percorrendo caminhos diferentes e criando divisões em nossa consciência. Nossa personalidade fica fragmentada em várias partes, que podem sugar nossas energias e entrar em oposição e conflito com a personalidade atual. Tudo isto são formas de obsessão que podemos tratar na Apometria.



As técnicas apométricas podem ser realizadas isoladamente, mas é extremamente difícil e só deve ser conduzida dessa forma por um médium muito bem treinado e com o suporte da espiritualidade, quando há uma necessidade urgente de algum trabalho. Tirando isso, sua realização é apenas indicada dentro de um grupo muito bem treinado, com dirigentes experientes e com a mente aberta. Os médiuns devem possuir o mínimo possível de brechas e todos, sem exceção, devem buscar uma terapia que possa ajuda-los a se harmonizar. Observamos no Grupo Mahaidana que as pessoas que não fazem terapia ficam muito mais vulneráveis aos ataques do que outras que passaram por todo o processo terapeutico. Nesse sentido, uma terapeita bastante próxima a apometria e que possui muitos paralelos e pontos em comum é a Terapia de Vidas Passadas.



No grupo que coordeno aqui em SP contamos com quatro equipes de médiuns e doutrinadores que trabalham com as técnicas. Em nosso grupo, ninguém permanece trabalhando se não estiver se tratando e não estiver harmonizado. Nesse sentido, antes de aceitar qualquer pessoa no grupo, realizamos uma entrevista e verificamos se a pessoa está equilibrada o suficiente para participar.



Apometria sofre muitos ataques dos partidários do “caminho da mão esquerda” e seus adeptos buscam a todo custo a desconstrução do trabalho. Isso é feito através do alimento ao ego dos trabalhadores, o fascínio pela técnica, a sensação de poder que o uso das energias provoca, a distorção dos ensinamentos, o fundamentalismo religioso e de idéias, as brigas, a inveja, o ciúme, a vampirização de energia dos trabalhos e até mesmo a dissimulação de certas energias. Como exemplo para esta última, existe a possibilidade dos obsessores apresentarem-se como mestres espirituais e transmitirem orientações equivocadas sobre os procedimentos do grupo. Cabe aos dirigentes percebem o conteúdo dessas mensagens e orientar-se muito mais pela sua intuição, pois o ataque não é apenas energético, mas também de vestir a mentira com capa de verdade.

(HUGO LAPA)

Atendimento com Terapia de Vidas Passadas no Rio de Janeiro e em São Paulo. TEL: (021) 2268 1252 / (021) 8551 0055

MSN: hugolapatvp@hotmail.com

Sonhar e Preciso


Qual a função dos sonhos

autor: Regis Mesquita



Sono é repouso e um momento especial para o corpo se "reorganizar". O sonho é uma parte do sono, uma parte que ajuda o todo a atingir seus objetivos. Vejamos como: quando estamos acordados passamos por inúmeras experiências e experimentamos várias situações diferentes. Estes acontecimentos moldam nossa vida e nossa personalidade. Durante o sono, principalmente, temos o enorme trabalho de organizar todas estas memórias em nossa mente. Assim o sono é, também, um "grande funcionário público que fica arquivando memórias". É aí que entra os sonhos, pois durante os sonhos o inconsciente age fortemente sobre estas memórias fazendo com que elas sejam arquivadas (organizadas) sob uma perspectiva diferente. E isto é de fundamental importância para nossa vida e nossa saúde mental, pois neste momento o inconsciente está ajudando o a consciência a superar falhas (na psicologia chamamos de unilateralidade) que poderiam vir a causar muito sofrimento para a pessoa. Deus reconheceu que a nossa consciência é estreita e limitada, por isto ele nos brindou com estratégias para não ficarmos apenas restritos a este estreito limite. A principal estratégia é o sonho, que temos de 4 a 6 por noite.

(Publicado originalmente no Jornal Viva!)

domingo, 13 de setembro de 2009

Todos os Tipos de Gripe

Os Caminhos dos Essênios – A vida oculta de Cristo Decifrada – Daniel Meurois e Anne Givaudan


Eis aqui uma obra da maior importância, da qual inúmeros leitores pelo mundo afirmam que modificou a trajetória de suas vidas. Um livro que, para muitos, foi a base de uma reconciliação com Aquele que marcou para sempre nossa humanidade. Desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, todos se perguntam: \”Quem era Jesus? E quem eram esses essênios de quem Ele era tão próximo?\” Este livro tenta responder a perguntas como essas, através de um testemunho vivido. Na verdade, Daniel Meurois e Anne Givaudan nos revelam aqui o resultado desafiante de suas experiências nos Anais de Akasha, durante dois anos de viagens astrais. Convidando-nos a folhear a Memória do Universo, os autores esclarecem, com uma nova luz, acontecimentos espantosos cuidadosamente ocultos há dois milênios. Pela qualidade da escrita e pela força do seu pensamento, o testemunho dos autores nos leva a reviver com emoção o desenrolar da vida cotidiana de uma comunidade essênia dos tempos Evangélicos. Rapidamente transformado em best-seller nos inúmeros países em que foi traduzido, O Caminho dos Essênios surpreende e fascina. Mesmo que perturbe muitas das idéias tradicionais, ele tem o mérito, ao nada impor, de tocar profundamente o leitor, levando-o a refletir sobre a importância da contribuição essênia para a preparação da Missão Crística e para sua compreensão no processo de evolução espiritual.

Download


Fontehttp://www.mulhercriativa.com.br/category/esoterismo

Darwin o Homem que matou Deus....




Evolução da evolução
Uma idéia simples resolveu o mais complexo dos mistérios: o sentido da vida. Agora cientistas usam Darwin para desvendar mistérios maiores: da mente à origem do Universo. E o que eles encontraram é assustador
E Charles Darwin criou o homem. Ou, pelo menos, inventou o que hoje nós conhecemos como homem. Antes dele, éramos o centro do Universo, a obra sublime da criação. Agora somos apenas mais uma entre milhões e milhões de espécies, um bicho de origem nada especial. Nada mesmo: a Teoria da Evolução deixou claro que todas as formas de vida que já pisaram na Terra são filhas da mesma tataravó – a história de como essa senhora, uma simples molécula, virou tudo o que existe hoje você vê no infográfico que começa aqui ao lado.

Assim, mostrando como a vida evolui, Darwin dispensou Deus do cargo de criador. E agora seus seguidores do século 21 querem fazer algo ainda mais chocante: mostrar que não passamos de escravos a serviço dos verdadeiros donos deste planeta. Ah, tem mais: a teoria de Darwin pode ter desvendado o segredo dos buracos negros. E mostrado não só que deve haver vida fora da Terra mas em universos paralelos também. Quer saber como? Então vamos embarcar no velho Beagle. Primeira escala: o inferno.

O inferno de Darwin


O solo repleto de lava negra estava coberto de lagartos e tartarugas mons­truosas. Caranguejos escarlates corriam por todos os lados. O calor era tão forte que atravessava as botas e queimava os pés. Cercado por uma vegetação composta de cactos de 3 metros de altura, girassóis do tamanho de árvores e arbustos desfolhados, Darwin escrevia em seu diário: “A superfície seca e crestada, aquecida pelo sol do meio-dia, deixava o ar abafado, quente como em um forno. Tínhamos a impressão de que até os arbustos cheiravam mal”.

“Esse lugar é o inferno!”, dizia Robert FitzRoy, capitão do navio de pesquisas Beagle, que levara o jovem Charles Dar­win às Galápagos, um arquipélago no oceano Pacífico. FitzRoy queria um cavalheiro a bordo para lhe fazer companhia. E o abonado Darwin, de 22 anos, acabou escolhido, principalmente porque estava estudando para virar padre – mas também porque FitzRoy gostou do formato do nariz dele, que “sinalizava profundidade de caráter”. O capitão tinha dois objetivos para a viagem. Um a serviço do Império Britânico: mapear a costa da Patagônia. Outro, pessoal: encontrar provas científicas de que o mundo tinha sido criado de acordo com o que está na Bíblia. Mal sabia ele que o assassino de Deus estava a bordo.

A paisagem infernal das Galápagos, onde aportaram em 15 de setembro de 1835, após quase 4 anos de expedição, era um paraíso para Darwin. Ele pintou e bordou com tudo o que pôde naquele lugar perdido no tempo. Pegou carona nas tartarugas (“Era difícil manter o equilíbrio.”), tirou onda com as iguanas (“Ela ficou olhando para mim como se quisesse dizer: Por que você puxou a minha cauda?”) e encheu o bucho de iguarias exóticas (“Tatu é um prato excelente quando assado em sua carapaça.”). De quebra tirou de lá a inspiração para a idéia mais importante e assustadora da história da ciência.

O gatilho para esse pensamento veio quando ele percebeu diferenças instigantes entre os bicos de uma espécie de passarinho das Galápagos, os tentilhões. Em uma ilha eles tinham bicos grossos, bons para quebrar nozes. Em outra, longos e finos, ideais para arranjar comida em frestas. Darwin imaginou que aquelas aves deviam ter se adaptado de algum jeito. Por mágica? Não: por um processo de seleção que levou gerações. Em ambas as ilhas teriam nascido pássaros de bico fino e de bico grosso. Naquela onde havia nozes para comer, só estes últimos teriam sobrevivido. A partir desse raciocínio simples, nascia um monstro.

De volta à Inglaterra, aos 27 anos, Dar­win estudou a fundo as 5 436 carcaças, peles e ossos que colecionara na viagem do Beagle e concluiu que TODAS as espécies do mundo tinham passado por processos de adaptação equivalentes ao dos tentilhões. Bem devagarzinho.

Imagine as asas dos pássaros, por exemplo. Pela lógica de Darwin, elas não nasceram prontas. Em algum ninho dos ancestrais dos pássaros, que não voavam, surgiu um mutante, um “patinho feio”, com uma pequena membrana que lhe permitia planar de vez em quando. Essa característica deu-lhe alguma vantagem na luta pela sobrevivência. E o bicho deixou mais descendentes que seus irmãos. A prole dele, que carregava a mesma mutação, também fez mais filhos, e por aí foi. Com o tempo, novos mutantes, novos patinhos feios, foram nascendo com asas cada vez melhores. E no fim das contas um novo tipo de animal se consolidava no planeta: os pássaros. Tudo às custas da extinção de outros bichos parecidos, só que menos adaptados à dureza da vida. “A produção de animais superiores é conseqüência da natureza, da fome e da morte”, escreveu Darwin.

Nós mesmos, imaginou o inglês, não podíamos estar de fora. A diferença é que a evolução para a forma que temos hoje foi a partir de “macacos” (na verdade, animais parecidos com macacos) que foram desenvolvendo cérebros cada vez maiores, do mesmo jeito que os pássaros fizeram com as asas. E esses “macacos” vieram de outros bichos… Hoje sabemos de quem: de peixes mutantes que nasceram com a capacidade de respirar fora da água – nossos pulmões, por exemplo, vieram direto desses animais, que viviam em pântanos lamacentos.

Aí não tinha mais jeito. Darwin já sabia que não éramos “a imagem e semelhança de Deus”. Agora responda: o que você faria ao perceber que na sua cabeça existe uma idéia que pode abalar as crenças mais profundas de quase toda a humanidade? Darwin sentiu o peso, e ficou aterrorizado. Demorou mais de 30 anos para publicar a idéia em seu livro A Origem das Espécies, de 1859. E ainda assim o livro só saiu quando ele leu um artigo de Alfred Russel Wallace, um biólogo inglês. O texto continha uma teoria bem similar à da seleção natural, porém menos abrangente. Com medo de ser passado para trás, Darwin autorizou seu amigo Thomas Hux­ley a expor a Teoria da Evolução ao mundo científico, pois ele mesmo não teve coragem. “Foi como confessar um assassinato”, escreveu.

Por isso mesmo a teoria demorou para virar unanimidade entre os acadêmicos. Ela só foi aceita para valer quando outros cientistas, já no século 20, a refinaram com base na genética – a forma como os pais transmitem suas características aos filhos. Esse renascimento deu um gás novo à Teoria da Evolução. E na década de 1930 começava uma nova revolução: o neodarwinismo. Com ele, uma idéia aterradora começou a sair do forno: a de que você não passa de um robô. Era a Teoria do Gene Egoísta, que ganhou corpo nos anos 70. Para entendermos melhor essa história, vamos fazer outra viagem no tempo. Desta vez para uma época bem anterior à do Beagle. Mas com um destino igualmente infernal.

Origem das espécies 2.0

Planeta Terra, 4 bilhões de anos atrás. Um mundo adolescente, infestado por vulcões, meteoritos e tempestades violentas. No mar desse inferno, moléculas de carbono encontraram um porto seguro. E começaram a se juntar, formando cadeias cada vez mais longas e complexas. Uma hora, como quem não quer nada, apareceu um estranho nesse ninho. Um acidente da natureza. Era uma molécula capaz de se replicar, de sugar matéria orgânica do ambiente e usar como matéria-prima para produzir cópias dela mesma. Motivo? Nenhum: ela fazia réplicas por fazer e pronto. Vai entender…

Essa aparição foi algo tão improvável quanto se esta revista (que também é feita de cadeias de carbono) comesse seus dedos agora e, a partir dos átomos da sua carne, pele e ossos, construísse uma cópia dela mesma. Improvável, mas foi exatamente o que aconteceu naquele dia. E não havia nada ali para conter o apetite da monstruosa molécula.

Ainda mais porque arranjar matéria-prima, ou seja, “comida”, nesse oceano primitivo era fácil: bastava “pescar” nutrientes na água. Assim ela cresceu e se multiplicou. Mas tinha um problema: nem sempre as réplicas saíam perfeitas. Às vezes acontecia um erro de cópia aqui, outro ali. Surgiam aberrações. “Um livro e tanto escreveria o capelão do Diabo sobre os trabalhos desastrados, esbanjadores, ineficientes e terrivelmente cruéis da natureza!”, escreveria Darwin sobre esse processo bilhões de anos depois.

Esses erros aconteciam bem de vez em quando: um a cada milhão de réplicas. Mas tempo é o que não falta nesse mundo. Então eles foram se acumulando mais e mais. Só que alguns não davam em aberrações. Muito pelo contrário. Algumas réplicas nasciam com uma mutação que as fazia se multiplicar mais em menos tempo. E não demorou para essas mutantes mais férteis dominarem o mar. Só isso já é um tipo de seleção natural. Mas a regra de Darwin só deu as caras para valer quando aconteceu o inevitável: o mundo ficou pequeno para tantos replicadores. Com a superpopulação, os ingredientes de que eles precisavam para fazer suas cópias rarearam. Era a primeira crise de fome no planeta.

A saída? Ir para a briga. Mas estamos falando de moléculas, que não têm lá muito poder de decisão. Foi aí que provavelmente surgiu uma mutação inédita, que permitia a algumas moléculas comer outros replicadores. Assim elas conseguiam eficiência total: arranjavam almoço e eliminavam rivais ao mesmo tempo. Mas o domínio não duraria para sempre. Com o tempo surgiram mutantes com capa protetora natural. Com essa armadura, dava para comer os rivais sem o risco de ser comido. Nasciam as primeiras células do mundo. “Os replicadores deixavam de meramente existir e começavam a fazer contêineres para eles, veículos para que pudessem continuar vivos. Os que sobreviveram foram os que construíram ‘máquinas de sobrevivência’ para si”, escreveu o mais notório dos neodarwinistas, o zoólogo Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Não demorou para virem células mutantes ainda mais terríveis contra as rivais. Elas tinham o poder de juntar forças com outras células e atacar unidas. E de fazer cópias de si mesmas numa tacada só, como se todas fossem uma única molécula. Surgiam os primeiros seres multicelulares.

E eles ficaram cada vez mais complexos: suas células passaram a assumir funções distintas para operar sua máquina de sobrevivência. Faziam como soldados num tanque de guerra: umas ficavam a cargo da locomoção, na forma de nadadeiras; outras, dos “satélites” para encontrar comida (visão, olfato).

E o progresso nunca parou. Tanto que hoje boa parte dos replicadores vive em “robôs” imensos, feitos de milhares de trilhões de células. Agora os chamamos de genes, e eles estão dentro de nós. Somos sua máquina de sobrevivência.

O sentido da vida

Genes mutantes e as pressões da seleção natural fizeram essa obra esplêndida que você vê no espelho todas as manhãs. Uma caminhada e tanto. Mas uma coisa não mudou desde os tempos da primeira molécula replicadora. Aquele objetivo irracional continua intacto: tudo o que os genes querem é fazer cópias de si mesmos. Foi para isso que eles criaram nosso corpo e nossa mente. E agora nos comandam lá de dentro, por controle remoto, para que trabalhemos em nome de sua preservação. A razão da existência? Lutar para que os genes façam cópias deles mesmos do melhor jeito possível.

E, para os neodarwinistas, esse egoísmo dos genes é a chave para descobrir como a nossa mente funciona. O próprio Darwin tinha escrito, no final de A Origem das Espécies: “Agora a psicologia se assentará sobre um novo alicerce”. Demorou, mas aconteceu. Uma nova ciência da mente ganhou terreno no final do século 20. Foi a psicologia evolucionista, que usa Darwin e a mecânica dos genes para entender o que se passa aí dentro da sua cabeça.

Premissa número 1 dessa ciência: a mente já nasce quase pronta. Ela não é uma folha em branco, em que qualquer coisa pode ser “escrita”, como muitos filósofos e cientistas sociais defendem. Do ponto de vista da psicologia evolucionista, não faz sentido dizer que a cultura molda o nosso comportamento. Ela afirma que sua mente foi forjada ao longo de toda a evolução. E que você vem ao mundo com todos os “softwares” instalados no “hardware” da sua cabeça. Seus desejos, sua personalidade e tudo o mais dependem desses programas mentais. Nossa margem de manobra é pequena. E tem outra: a mente humana ganhou os soft­wares que tem hoje nos últimos 200 000 anos, quando nossa espécie, o Homo sapiens, veio ao mundo. Passamos 97% desse tempo em bandos nômades, que viviam da caça e da coleta. Nossa mente, então, não passa de uma ferramenta da Idade da Pedra tentando se virar num mundo que não existe mais. Do ponto de vista dos nossos genes, ainda estamos no Paleolítico, uma época sem faculdade, carreira, dinheiro ou anticoncepcionais. Uma época em que só duas coisas realmente contavam:

Sexo e violência

Se ainda sobrou alguma coisa que você queria saber sobre sexo, mas não tinha coragem de perguntar, talvez a resposta dos evolucionistas sirva: ele é a forma que os genes arrumaram para melhorar as defesas da sua máquina de sobrevivência. Por exemplo: se você tem um sistema imunológico que não sabe se defender de algum vírus, e tudo o que você sabe fazer para se reproduzir são cópias de si mesmo, como aquelas primeiras células, seus rebentos vão ter esse problema. E o clã inteiro vai mor-rer no caso de um ataque.

Agora, se você combina seus genes com o de um ser imune ao tal vírus, a história é outra: teo-ricamente, só uma parte do clã morreria. E o resto continuaria passando seus genes adiante como se nada tivesse acontecido.

Ao criar esse tipo inovador de reprodução, a seleção natural tratou de dividir o trabalho entre dois tipos de fun­cionários especializados. Um teria a função de tentar pôr seus genes em qualquer máquina de sobrevivência que cruzasse seu caminho. O outro selecionaria entre esses primeiros quais têm os melhores genes para compartilhar e cuidaria da cria que os dois tivessem juntos. Em outras palavras, o mundo se dividia entre machos e fêmeas (em algumas espécies, os papéis se invertem: os filhotes ficam a cargo dos machos, então eles é que são os mais paquerados).

Enfim, ao ganhar o poder de decidir quais machos terão filhos e quais ficarão na prateleira, as fêmeas assumiram o controle da evolução na maioria das espécies. E, para a psicologia evolutiva, é isso que determina aquilo que mais importa na vida: a propagação dos nossos genes, coisa também conhecida como vida afetiva e sexual.

O sexo, hoje, tem pouca relação com o ato de fazer filhos. Você sabe. Nenhum adolescente pensa em engravidar 10 meninas quando vai viajar para o Carnaval. Mas os genes dele não fazem idéia de que existem camisinhas e tudo o mais, então deixam o rapaz com vontade de transar com 10 garotas e pronto. Se tudo der certo, esses genes poderão instalar-se no útero de um monte de meninas e construir um monte de bebês (várias máquinas de sobrevivência novinhas em folha!).

Do ponto de vista das fêmeas a história é outra: transar com 10 sujeitos num feriado não vai “render” 10 filhos para os genes dela se instalarem. Vai dar é uma baita dor de cabeça. Os contraceptivos poderiam deixá-las livres para fazer sexo só pelo prazer com um monte de seres do sexo oposto, como qualquer homem faz (ou tenta fazer). Mas não. O cérebro delas evoluiu para selecionar os melhores parceiros, ter poucos (e bons) filhos, não para tentar a sorte com qualquer um. Sem falar que, do tempo dos nossos ancestrais caçadores-coletores até o século 20, sexo casual para elas era correr o risco de acabar com um bebê indesejado. Aí não tem ideologia liberal nem pílula que dê conta de superar esse “trauma” evolutivo.

Psicólogos da Universidade Stanford, nos EUA, checaram isso com uma experiência simples. Contrataram homens e mulheres atraentes para abordar estudantes e dizer: “Você gostaria de ir para a cama comigo hoje?” Nenhuma mulher aceitou. Já as garotas tiveram resultados melhores: 75% dos homens toparam no ato. Dos 25% restantes, a maioria pediu desculpas, explicando que tinha marcado de sair com a namorada. Pois é: do ponto de vista da seleção natural, uma bela fêmea disponível é um bem valioso demais para ser desperdiçado. Nenhum homem se surpreende com isso (o pessoal da obra não está só brincando quando diz “ô, lá em casa!”), mas para as mulheres a verdade da psicologia evolucionista pode soar assustadora: “O desejo de variedade sexual nos homens é insaciável. Quanto maior for o número de mulheres com quem um homem tiver relações, mais filhos ele terá [pelo menos é o que “pensam” os genes]. Então demais nunca é o bastante”, escreveu outro guru do neodarwinismo, o psicólogo Steven Pinker, da Universidade Harvard, nos EUA.

Esse apetite todo também ajuda a explicar as raízes de outro comportamento ancestral: a violência. Os despojos de guerra mais comuns nos conflitos tribais sempre foram as mulheres. Não é à toa que uma das lendas sobre a fundação de Roma, que aconteceu no século 8 a.C., celebra o dia em que os primeiros romanos atacaram uma tribo vizinha, a dos sabinos, e raptaram as mulheres deles para começar sua civilização. Não dá para não dizer que deu certo.

E esse é o ponto: às vezes a violência é, sim, o melhor jeito de conseguir alguma coisa. Então não há mistério para a psicologia evolucionista: como a violência funcionou ao longo da história, está impregnada nos nossos genes. “Os bebês só não matam uns aos outros porque não lhes damos acesso a facas e revólveres”, disse o pediatra e psicólogo Richard Tremblay, da Universidade de Montreal, em uma entrevista à revista americana Science. A grande questão, ele completa, não é como as crianças aprendem a agredir, mas como elas aprendem a não fazer isso.

Intrigante, mas o psicólogo evolucionista Eduardo Ottoni, da USP, tem a resposta na ponta da língua: “A coisa mais complicada na vida de um primata é a capacidade de se virar em sociedades complexas. E se dar bem socialmente não é dar bifa em todo mundo”. Então nada melhor que um pouco de altruísmo com alguns para ficar bonito na foto. Os morcegos que o digam: entre as espécies que se alimentam de sangue, a vida não é fácil. Nem sempre dá para voltar pra caverna com o almoço na barriga. Mas os que conseguiram sangue durante o dia dão uma força aos malsucedidos, oferecendo a eles o sangue que sobrou na boca. Mas não tem conversa: quem não retribuir a oferta quando a situação for inversa fica com a reputação manchada e é banido do almoço grátis.

Mas em alguns casos somos altruístas sem querer nada em troca, nem inconscientemente. Isso acontece quando se trata das nossas famílias. E é aí que, para os neodarwinistas, fica mais clara a forma como os genes nos dominam.

Sangue do meu sangue

Você é uma máquina de sobrevivência dos seus genes, que o usam para se reproduzir. Ok. Mas o que aconteceria se esses genes tivessem construído um cérebro capaz de detectar cópias deles em outro corpo? O seguinte: eles também lutariam pela sobrevivência desse corpo. Fariam você se sentir aliviado com bem-estar dele.

O fato é que os genes construíram esse sistema de detecção. Todos os cérebros têm isso em algum grau. E o altruísmo puro é exatamente o que acontece quando dois animais são parentes próximos.

Existe uma chance em duas de que qualquer um dos seus genes esteja no seu irmão ou no seu filho. E 1 em 8 de que esteja em um primo. Sendo assim, o que o neodarwinismo diz é: você não “ama” seus filhos e irmãos. São seus genes que vêem neles maneiras de se perpetuar. E é por isso que você os ajuda. O geneticista John Haldane (1892-1964), um dos pioneiros do neodarwinismo, quis deixar isso claro quando lhe perguntaram se ele daria a vida por um irmão. A resposta: “Não. Mas daria por 2 irmãos ou 8 primos”.

O mesmo vale para quando nos apaixonamos. Se você ama alguém, quer ter filhos com essa pessoa, quer colocar seus replicadores ali e se esfolar para cuidar dos rebentos. Aí, para o futuro dos genes, sua vida só faz sentido se aquela pessoa existir. E o sentimento é tão poderoso que parece eterno enquanto dura.

Outra coisa que determina a hierarquia entre parentes é a expectativa de que eles se reproduzam. Daí os pais se sacrificarem mais pelos filhos do que os filhos pelos pais. Responda rápido: se você tivesse que decidir entre a morte de 20 estranhos e a vida do seu filho, ficaria com qual opção? Ou melhor: existe algum número de pessoas que valha a vida de um filho? Para a psicologia evolucionista, não. Para o Zé Mané do boteco e a dona Cleide da quitanda também não. O egoísmo dos genes aí dentro é maior do que tudo o que tem do lado de fora.

A evolução do Universo

Falando em lado de fora, e o lado de fora? A evolução seria um fenômeno circunscrito à vida na Terra ou algo universal, como as leis da física? O físico Lee Smolin, do Perimeter Institute, no Canadá, fica com a opção número 2.

Smolin mandou as regras de Darwin para o espaço. Literalmente: criou uma teo­ria que aplica a seleção natural ao Universo inteiro. E foi além. Para ele (e outros físicos), nosso Universo é só mais um entre bilhões e bilhões. Todos juntos num Cosmos imensurável que podemos chamar de Multiverso. Nesse cenário, os universos são os indivíduos, os replicadores. Cada um lutando para fazer mais e mais cópias de si mesmo.

Bom, este Universo aqui começou quando toda matéria, tempo e espaço que conhecemos estavam espremidos em algo infinitamente pequeno. Esse pontinho explodiu no “dia” do big-bang, há 13,7 bilhões de anos, e agora estamos aqui. Mas tem uma coisa: existem alguns lugares no Universo em que tudo também está espremido desse jeito agora mesmo. São os buracos negros, que sugam tudo o que está à volta deles, inclusive tempo e espaço. Por isso, Smolin imagina que dentro de cada buraco negro há um big-bang acontecendo. E os buracos seriam como “gametas” cósmicos: dariam à luz novos universos, parecidos com o “pai”. Então Smolin considera que as “espécies” mais bem-sucedidas no Multiverso são justamente as que produzem mais buracos negros – a “prole” delas vai ser seguramente maior.

Lembre-se que buracos negros são estrelas mortas. E daí? Daí que, quanto maior for o número de estrelas, maior vai ser o de “gametas”. Mais: as nuvens de matéria onde as estrelas nascem precisam ser bem frias (por motivos que só teríamos como explicar com uma página inteira, e bem chata). Bom, e sabe que tipo de coisa é o que há de melhor para esfriar essas nuvens cósmicas? Moléculas de carbono. Elas mesmas, as que deram o pontapé inicial na vida por aqui. Quanto mais delas houver por aí, mais “filhos” um Universo vai gerar. E nós, os descendentes dessas moléculas, seríamos um mero subproduto da verdadeira seleção natural, a do Cosmos. Parece desolador, mas, se for isso mesmo, podemos nos orgulhar de saber que as leis de Darwin governam tudo isso.

Ou até mais do que isso. Baruch Spinoza, um filósofo holandês do século 17, defendia que Deus e Universo são apenas dois nomes para uma coisa só; que o Criador não é exatamente um criador, mas a grande regra que move o Cosmos. Se você gosta desse ponto de vista (Albert Einstein gostava) pode

Darwin

Três fatos sexuais da evolução que nunca ensinam na escola:

1. Os macacos bonobos têm testículos gigantes. É que as fêmeas deles transam com todo mundo, então a competição acontece dentro dos testículos: quem faz mais espermatozóides consegue se reproduzir.

2. Os homens de todas as culturas preferem as mulheres com “corpo de violão”, também conhecidas como gostosas. É que quadris largos, cintura fina e seios generosos são sinais de que a moça é bem fértil.

3. Em algumas espécies de aves monogâmicas um terço dos filhotes nasce de casos extraconjugais – a fêmea busca os genes de machos mais fortes e faz o dedicado marido cuidar de rebentos que não são dele. Nota: isso também acontece com humanos.

Aqui começa a história da vida na Terra. No centro, está o ancestral comum de todas os seres vivos, que viveu há 3,9 bilhões de anos. Foi uma mera molécula de carbono e suas 3 filhas que deram o pontapé inicial na jornada da vida.

1. Molécula mãe

No princípio, há uns 4 bilhões de anos, eram moléculas de carbono que aprenderam a fazer cópias de si mesmas. Cerca de 100 milhões de anos depois surgiam moléculas com uma armadura de proteína. Eram as primeiras células, que dariam origem a tudo o que existe de vivo hoje.

2. Pioneiras bem-sucedidas

Há 3,9 bilhões de anos, as células não passavam de um pacote de DNA protegido por uma capa – sem “órgãos internos”, como a mitocôndria. Até hoje há muitas bactérias assim. Muitas mesmo: se juntarmos só as que vivem hoje debaixo da terra, elas cobririam o planeta todo com uma camada de 15 metros de espessura.

3. Células 2.0

Num dia qualquer, há pouco mais de 2 bilhões de anos, uma célula bacteriana entrou em outra. Foi o princípio de um casamento duradouro e feliz. A invasora foi a mitocôndria, uma bactéria que passou a funcionar como um turbo para a célula invadida, fornecendo energia em quantidades colossais. Deu tão certo que até hoje elas vivem juntas: todas as células de plantas e animais (as chamadas eucariontes) são formada por esse par.

4. Herói da resistência

Há cerca de 3,5 bilhões de anos, surgiu um parente das bactérias: a arquea. Ela tem características corporais que garantem o título de campeã da resistência entre as formas de vida. Chega a morar até em lugares como gêiseres, onde suporta temperaturas superiores a 100 0C.

Plantas e fungos separam-se de nós e seguem seu caminho. No reino animal, a variedade aumenta: surgem os primeiros animais com cérebro, olhos e exoesqueleto. Entre eles, nosso tataravo

1. Fábricas de oxigênio

Algumas células desenvolvem uma nova habilidade: passam a comer o carbono das moléculas de CO2. E o que sobra como “fezes” nesse processo é outro gás, o oxigênio. Era a fotossíntese das primeiras plantas da Terra, as algas, que encheria a atmosfera com o gás essencial para a vida.

2. Vida simples

As células eucariontes fundavam mais dois ramos: o dos fungos, que são parecidos com plantas, mas não fazem fotossíntese, e o dos protozoários, os animais unicelulares. Mas quem daria o que falar seria outro ramo, o do item 3.

3. Vida complexa

Depois de mais de 1 bilhão de anos com as algas produzindo oxigênio a rodo, as células, que usam o gás para produzir energia, ganham força e surgem seres complexos, multicelulares. É a explosão de vida que aconteceu entre os Períodos Vendiano e Cambriano. Surgiam ali os ancestrais diretos dos animais de hoje.

4. Escafederam-se

Mas a maior parte da exuberância surgida no Cambriano ficou por lá mesmo e não deu em nada. Uma grande extinção matou quase todos os bichinhos. Os poucos que sobraram deram origem a todos nós.

5. Primeiros olhos

Com as formas de vida ficando mais variadas, a natureza começa a fazer experiências que se consagrariam: as primeiras cabeças e olhos surgem em vermes como os platelmintos.

6. Seu tataravô

No meio dessa gangue de invertebrados apareceu um bichinho besta parecido com os girinos de hoje. Ele é seu ancestral direto. O rabinho atrás dele foi o que deu origem a nossa coluna vertebral.

Frio destrói o planeta. Depois o calor faz a mesma coisa. Mesmo assim, a vida segue firme, com plantas e insetos gigantes. E chega o bisavô da gente, dos dinossauros e dos sapos

Darwin

1. Resfriamento global

Uma extinção há cerca de 450 milhões de anos varreu 85% das espécies – sorte sua que nossos ancestrais se safaram. A provável causa é irônica para nós, que tememos o efeito estufa: um resfriamento global.

2. 3 peixes e 1 destino

Nosso ancestral sobrevivente é o peixe sem mandíbula, pai dos peixes comuns e dos que dariam origem a nós: os de nadadeiras grossas. Essas nadadeiras, por sinal, logo mostrariam a que tinham vido. Veja no item 5.

3. Ar anabolizado

No início do Carbonífero, o clima quente e úmido oferecia condições ideais para o crescimento de árvores gigantes, com mais de 30 metros. A fotossíntese delas fez o oxigênio compor 35% da atmosfera – hoje, por exemplo, esse nível é de apenas 20%.

4. Fuga para a terra

O mar estava superpopulado. Fugir para a terra firme virou a alternativa para alguns invertebrados. Deles viriam os insetos modernos.

5. Peixe fora d’água

Peixes que viviam em pântanos transformaram aquelas nadadeiras grossas em 4 patas. E originaram os vertebrados terrestres.

6. Invasão dos insetos

O ar cheio de oxigênio foi um baita negócio para os bichos mais energéticos, como os insetos: alguns chegaram a medir quase 1 metro.

7. Efeito estufa

Há 250 milhões veio a maior extinção da história: 95% das espécies. Motivo provável: erupções vulcânicas teriam aumentado a concentração de CO2 , elevando a temperatura além da conta. As maiores perdas foram no mar.

Uma extinção abre caminho para os dinossauros dominarem a Terra. Outra os manda embora de uma vez só. Enquanto isso o mundo fica mais colorido e surge nosso avô, um “quase-ratinho”.

1. Rei morto, rei posto

Há 230 milhões de anos um grupo de répteis dominava a Terra. Dinossauros? Não: os terapsídios, ancestrais dos mamíferos. Mas uma extinção os varreu do planeta há 200 milhões de anos. E deixou o caminho livre para os dinos.

2. Era das flores

As florestas ficavam mais coloridas. As plantas com flores inventaram um novo método de reprodução: usar insetos para transportar seu gametas, em vez de atirá-los no ar. E logo elas dominariam 80% da vegetação.

3. Dinos aquáticos

O mar não estava só para peixe, estava também para plesiossauros e ictiossauros, os dinos aquáticos. Eles morreram milhões de anos antes dos terrestres. Suspeita-se que foi por falta de comida depois que um tipo de lula, seu prato favorito, extinguiu-se.

4. Come-quieto

Os primeiros mamíferos eram menores que ratos e viviam de comer insetos – embora alguns chegassem a 1 metro de comprimento. Mesmo assim, se esses pioneiros não tivessem se escondido dos dinos, você não estaria aqui.

5. Impacto profundo

Há 65,5 milhões de anos, um asteróide acertou a Terra. Resultado: tsunamis de 150 metros, terremotos colossais e uma onda de choque que ensurdeceu os sobreviventes. Mais de 70% dos animais pereceram. E não sobrou dino algum.

6. Casa nova

O meteoro que matou os dinossauros fez a alegria dos anfíbios. Ao destruir os dinos herbívoros, facilitou o crescimento de selvas, que serviram de lar para eles. Na época, as 5 espécies sobreviventes deram à luz 86% das espécies de sapos e 95% das de salamandras atuais.

Tábula Rasa

Steven Pinker, Companhia das Letras, 2004.

O Relojoeiro Cego

Richard Dawkins, Companhia das Letras, 2001.

A Vida no Cosmos

Lee Smolin, Unisinos, 2004.

Estima-se que haja 10 milhões de espécies hoje, embora só 1,4 milhão estejam catalogadas. Mesmo assim, é a ponta do iceberg: 99% das formas de vida que já passaram pela Terra não estão mais entre nós. E as extinções continuam.

1. Mundo mamífero

Com a Terra livre dos dinossauros, aqueles mamíferos do tamanho de ratinhos ficaram com o terreno livre para crescer e se multiplicar.

2. Quem dera ser um peixe

Não só os mamíferos se deram bem na época. Alguns peixes tiveram um upgrade, que lhes deu mais agilidade e força. Resultado: viraram o grupo dominante dos vertebrados, com 50% das espécies.

3. Nem macaco nem homem

Há 6 milhões de anos nascia o último ancestral comum de homens e chimpanzés, um ser ainda desconhecido do ramo dos primatas. Um milhão de anos depois ele evoluiria para o australopiteco. E dele para nós foi um pulo, pelo menos do ponto de vista do planeta.

4. E chega o homo sapiens

O australopiteco gerou o Homo erectus, que gerou o Homo heidelbergensis, que teve dois gêmeos há 200 000 anos: o Homo neanderthalensis e o Homo sapiens. Aí fizemos o que Caim fez com Abel na Bíblia: os matamos. E há 30 000 anos somos a única espécie humana na Terra.

5. Extinção artificial

Agora nós é que promovemos extinções em massa. Sete em cada 10 das principais espécies de peixes marinhos – que juntas somam 30% de tudo o que se pesca – já foram superexploradas. Quer dizer: se a predação humana continuar como está, elas devem se extinguir nas próximas décadas.

Matéria retirada na integra da Revista SUPER INTERESSANTE.

A Tabua de Esmeralda

“É verdade, certo e muito verdadeiro.
O que está em baixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa.
E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação.
O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua ama;
O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.
Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.
Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.
Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores.
Desse modo obterás a glória do mundo.
E se afastarão de ti todas as trevas.
Nisso consiste o poder poderoso de todo poder,
Vencerá todas as coisas sutis e penetrará em tudo o que é sólido.
Assim o mundo foi criado.
Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas.
Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegistos, pois possuo as três partes da filosofia universal.
O que eu disse da Obra Solar é completo.”