sábado, 21 de março de 2009

O Monge e o Escorpião


Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arras- tado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, me- teu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assis- tido à cena e o receberam perplexos e penalizados:- Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi sal- var esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão.O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:- Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a mi- nha.Extraído do livro Historietas do Baú do meu Coração, de Lauro Trevisan - 1ª ed., Editora da Mente, 2002.

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